segunda-feira, 28 de maio de 2007

Deu na Folha, hoje.

FERNANDO DE BARROS E SILVA
Serra, a USP e a foto


SÃO PAULO - O que querem as mulheres? A clássica pergunta de Freud não vale para José Serra. Todos sabem a resposta: ele só pensa naquilo. Mas 2010 ainda está longe, felizmente para Serra, porque seu governo começou de forma bastante decepcionante. Ou seria melhor dizer sintomática? A crise da USP é o melhor exemplo.

O governo meteu os pés pelas mãos. Após nomear para a nova Secretaria do Ensino Superior este que é, no meio universitário, uma unanimidade às avessas, quis ainda transformar José Aristodemo Pinotti no presidente do conselho de reitores. Pegou tão mal que Serra desistiu do seu interventor branco.

O recuo, no entanto, não desfaz a sensação de que pretendia enquadrar as universidades -este é o sentido geral implícito no conjunto dos decretos contra o qual se rebelaram os estudantes que estão na reitoria.Obrigado a vir a público, o governo Serra tergiversa, desconversa, age reiteradamente de forma oblíqua.

Ora parece pouco seguro de seus propósitos, ora dá a impressão de que quer engambelar a platéia.O fato é que se negou, até aqui, a rever o decreto mais polêmico, que submete à aprovação da Secretaria da Fazenda o remanejamento de verbas na universidade. Por quê?

Está em curso uma campanha de demonização dos estudantes -retrógrados, baderneiros, urram, histéricos, os arautos do novo "Estado de direita".

Há insuficiências, eventuais exageros na posição estudantil? Claro que sim. Mas são menores, bem menos nocivos que a batatada patrocinada pelo Estado, cujos erros, esses sim crassos, aparecem sob a forma de "deslizes", "mal-entendidos". Onde está a ideologia dominante da nossa época?

Serra foi visto há poucos dias numa imagem bizarra, empunhando um trabuco, quando visitava a polícia. Os estudantes estão certos ao espalhar a reprodução da foto pelas barricadas em torno da reitoria. Áulicos incitam o tucano para que a tropa de choque entre em ação. A depender do desfecho da crise, a gestão Serra já terá produzido a sua fotografia para a posteridade.

OBS -
O blog enfatiza que esta campanha de demonização de grupos já contribuiu para páginas terríveis da história.

4 comentários:

Anônimo disse...

DADOS INTERESSANTES.

Harvard tem orçamento de US$ 2,8 bi e o das paulistas é de US$ 2,1 bi.

Menos de 3% de todos os estudantes do Estado de SP ficam c 1/4 do q se gasta em educação.

20% das despesas de custeio da USP vão p “programas sociais” dos estudantes.

Um estudante universitário em SP custa 10 X o q custa um do ensino fundamental/médio.

Em relação ao PIB, Brasil investe mais em educação q Japão e Alemanha.

Na USP, há um professor p 15,2 estudantes, na Franca, é 1 p 32.

E NÃO HÁ TANTOS UNIVERSITÁRIOS PAULISTAS COMPETENTES COMO JAPONESES, ALEMÃES, AMERICANOS E FRANCESES.

UMA MINORIA UNIVERSITÁRIA ESQUERDOFRÊNICA, MASSA DE MANOBRA, DESRESPEITANDO DIREITO DE IR E VIR DE QUEM QUER ESTUDAR, AGREDINDO COLEGAS E PROFESSORES.

VÍDEO MOSTRA CÁRCERE PRIVADO CONTRA PROFESSOR.

http://www.youtube.com/watch?v=86jOh5n92bw

E AINDA QUEREM MAIS AUTONOMIA, VERBAS, MORDOMIAS E MIMOS E TUDO SEM TRANSPARÊNCIA?

PAÍS A CAMINHO DO INFERNO.

RECLAMAM PQ NÃO QUEREM ESTUDAR.

O MST informa: Lula é o “abre alas” da grande ofensiva p q Stédile chegue ao poder. O plano de “tomada do governo” foi anunciado em Curitiba durante a passagem de Chávez, q considera o “chefe nacional” do MST seu representante no Brasil e sucessor “natural e eventual” de Lula. O projeto de Chávez Brasil baseia-se:

- Reeleição de Lula;

- Contaminação urbana pelo MST

- CONTROLE DAS UNIVERSIDADES

- Controle de uma rede de comunicação

E afirma q compra a opinião pública brasileira.

Anônimo disse...

raapzzzzzzzzzzz como tem reaça de olho aki..........
ocupa ocupa ocupa

Anônimo disse...

Reivindicações inaceitáveis!

Como ex-aluno dos cursos de Filosofia e de Direito da USP, gostaria que todos refletissem sobre as motivações inaceitáveis que estão por trás dessa invasão da Reitoria. Um grupo de alunos decididos a manter privilégios daqueles que usam a Universidade pública como um meio de vida em si mesmo, e não como um instrumento para se tornarem cidadãos produtivos da sociedade. É sabido que centenas de ex-alunos (ou pior! pessoas que nunca foram alunos, como membros do MST!) ocupam indevidamente moradias no Crusp, assim como é sabido que milhares de alunos improdutivos matriculam-se com o único objetivo de desfrutar dos benefícios que a Universidade oferece (bandejão subsidiado, clube, hospital etc.), tornando-se "alunos vitalícios" da instituição. Por outro lado, se nos afigura injustificável o repúdio ao ivestimento privado e a recusa ao critério estritamente meritocrático para o ingresso na USP: as universidades americanas, as melhores do mundo sem dúvida alguma (basta observar os indicadores de produção científica) sobrevivem através de uma forte parceria com a iniciativa privada. A Universidade deve ser um meio de se gerar conhecimento e tecnologia, retornando assim à sociedade o financiamento que esta lhe propicia! Não pode ser um instrumento para privilégios, nem baluarte de defesa de ideais derrotados pela história!

22 de Maio de 2007 10:02


Anônimo disse...
Certamente o princípio constitucional da autonomia universitária existe, e talvez os decretos do Serra sejam mesmo questionáveis sob este aspecto. Agora, o que não é admissível é que um grupo de alunos e funcinários tome este fato como pretexto para defender propostas inaceitáveis e irrazoáveis tais como:

a-)Arquivamento do processo de modificação das regras para cancelamento de matrícula (com o objetivo de proteger os alunos que nada produzem academicamente e apenas utilizam a universidade como meio de vida)

b-)Formulação de projeto a longo prazo para a moradia. Construção imediata de 600 vagas (é sabido que muitas das vagas no Crusp são ocupadas por ex-alunos ou pessoas estranhas à universidade, como membros do MST e outros movimentos sociais)

c-)Nenhuma punição em relação à ocupação da Reitoria (a ocupação em si mesma é um ato de força ilegal, tanto assim que existe ordem judicial para a desocupação. Por outro lado, já há evidências de danos ao patrimônio público, violação de documentos sigilosos e outros ilíctos cometidos pelos ocupantes, que deverão responder pelos atos praticados nas esferas penal, administrativa e cível. Se a Reitora ssim não proceder, estará prevaricando e incidindo ela própria em ilicitude: no Estado de Direito as regras devem valer para todos!)

d-) Autonomia dos espaços geridos e ocupados pelos estudantes (não se pode pretender criar uma "zona franca" na universidade, onde as regras de Direito não sejam aplicáveis; na realidade , por trás desta reivindicação evidencia-se a intenção de praticar impunemente os mais variados ilícitos, como o tráfico de entorpecentes)

e-) retrirada de todos os processos de sindicância administrativos e judiciais movidos ou em andamento contra estudantes e funcinários (objetivo eminentemente corporativo: porque estas pessoas devem ter o privilégio de não responder por atos que tenham praticado? Qual a justificativa para esta defesa da impunidade?)

f-)Lutas por ações afirmativas - mudança radical na concepção de Inclusp para garantir o acesso real de negros e pobres à universidade (a inclusão social é uma meta a ser perseguida, mas o critério de ingresso em uma universidade deve ser sempre meritocrático, sob pena de perder-se a condição de centro de excelência produtor de conhecimento, com prejuízos no longo prazo para toda a sociedade, inclusive os "excluídos" que se quer beneficiar)

g-) Retirada da polícia doninterior do Campus (a presença da PM é garantia de respeito à segurança das pessoas, integridade do patrimônio público e respeito à lei)

h-) Reabertura do campus para todos 24 horas por dia (quando o Campus era aberto, a deterioração do espaço público da universidade acentuou-se, assim como a prática de ilícitos em seu interior)

Anônimo disse...

As universidades americanas são as melhores do mundo sem dúvida alguma?

meu deus, o que será que os filmes estão fazendo com esse rapaz?